Chefe rebelde tchetcheno reivindica atentado de Janeiro em aeroporto moscovita

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Dokou Oumarov participou em vários ataques no Cáucaso russo e opõe-se a qualquer negociação com o Governo do Kremlin DR

O chefe do grupo rebelde islamista Emirado do Cáucaso, o tchetcheno Doku Umarov, reivindicou o atentado suicida no aeroporto internacional Domodedovo, em Moscovo, no passado dia 24 de Janeiro, que fez 36 mortos. A reivindicação foi anunciada num vídeo difundido pelo site Kavkazcenter.com.

Nascido em 1964 em Atchkoi-Martan, aldeia do oeste da Tchetchénia, Doku Umarov participou em vários ataques no Cáucaso russo e opõe-se a qualquer negociação com o Governo do Kremlin.

“Essa operação especial (no aeroporto) foi conduzida a meu pedido”, declara Umarov no vídeo, ameaçando com novos ataques. O líder tchetcheno afirma ainda ter actuado em nome de Alá, com o objectivo de criar um Estado islamista livre no Cáucaso do Norte. A operação é uma resposta aos crimes da Rússia no Cáucaso Norte, acrescentou.

No passado sábado, Doku Umarov já tinha prometido transformar 2011 num ano “sangue e de lágrimas”, num outro vídeo difundido online.

Umarov tinha já reivindicado os atentados perpetrados no metro de Moscovo em Março de 2010, explicando que eles foram a “vingança” pelas operações das forças russas no Cáucaso.

O bombista-suicida responsável pelo atentado no aeroporto era um jovem de 20 anos identificado como Magomed Evloev e que teria abandonado o serviço militar por questões de saúde.

Após a primeira guerra da Tchetchénia (1994-1996) entre as forças russas e as forças independentistas, a rebelião foi-se islamizando e passou as fronteiras tchetchenas para se transformar, a partir de 2000, num movimento islamista armado activo em todo o Cáucaso Norte.

As repúblicas dessa região montanhosa são quase diariamente palco de ataques, de emboscadas ou de ataques visando geralmente as forças russas.

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