Último troço da CRIL abre em Abril

Foto
O troço vai ligar a Buraca à Pontinha Foto: Enric Vives-Rubio

O último troço da Circular Regional Interior de Lisboa (CRIL), entre a Buraca e a Pontinha, vai entrar em funcionamento em Abril deste ano. A data foi hoje anunciada numa visita à empreitada, na qual o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, António Mendonça, salientou que a conclusão desta obra “vai revolucionar completamente a circulação rodoviária em Lisboa”.

Os 3,7 quilómetros de rodovia que vão ligar o Nó da Pontinha ao Nó de Pinamanique tinham conclusão prevista para o final de 2009 e segundo a última estimativa, avançada em Outubro passado pelas Estradas de Portugal, o troço deveria abrir no início de 2011. Hoje um dos vogais do conselho de administração da empresa, Rui Nelson Dinis, revelou que afinal a abertura irá ocorrer em Abril próximo. Por concluir, segundo esse responsável, está “essencialmente a montagem dos sistemas de controlo dos túneis” e respectivos testes. Rui Nelson Diniz salientou as “enormes dificuldades de execução” da obra, lembrando que “o processo de construção da CRIL já leva 40 anos, 16 ou 18 dos quais de execução física”. “É uma obra notável do ponto de vista da engenharia”, confirmou o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, desvalorizando a contestação de que a empreitada tem sido alvo por parte da Câmara de Lisboa e das populações desse concelho e da Amadora. “O que possa ser menos positivo é incomparavelmente menor em relação aos benefícios que traz para todos”, declarou António Mendonça.

Idêntica postura teve o presidente do conselho de administração da Estradas de Portugal, Almerindo Marques, que atribuiu as críticas ao “protagonismo de um ou outro” e instou os jornalistas a fazerem perguntas “sobre o importante da obra”.

A obra do último troço da CRIL foi adjudicada no fim de 2007 por 111,6 milhões de euros, dos quais terão sido já executados 106 milhões de euros. A conclusão da Circular Regional Interior de Lisboa obrigou ao realojamento de 1600 famílias, tendo as expropriações um custo estimado de 72,7 milhões de euros.

Segundo a Estradas de Portugal, esta obra vai permitir fechar a malha viária da Grande Lisboa, promover a requalificação urbana do corredor de implantação, descongestionar vias alternativas, além de reduzir distâncias, tempo de viagem, emissões poluentes e a sinistralidade.

Última actualização às 13h18
Sugerir correcção
Comentar