“Ilusão (ou o que quiserem)” de Luísa Costa Gomes vence Prémio Fernando Namora

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A autora em Novembro de 2009 Enric Vives-Rubio

A obra editada em Novembro do ano passado marcou o regresso da escritora ao romance, dez anos depois de “Educação para a tristeza”. “Ao galardão, com o valor pecuniário de 25 mil euros, concorreram meia centena de obras, todas editadas em 2009, tendo a escolha de “Ilusão (ou o que quiserem)” sido unânime, disse à Lusa a mesma fonte.

O júri considerou a obra “manifestamente inovadora, quer pela sua excelente construção, quer pelo seu ágil registo estilístico de constante ironia, quer pela análise penetrante de alguns comportamentos tipo da actual sociedade portuguesa, muito em especial no tocante a métodos pedagógicos aplicados nas escolas e à animação cultural na província, bem como à densidade da narrativa”.

Quando do seu lançamento em Novembro passado, a escritora afirmou à Lusa: “Este meu novo romance é a ilusão do realismo, em que a expressão ‘ou o que quiserem’ é uma alusão a uma peça de William Shakespeare”. A escritora de 56 anos referia-se à peça “As you like it” (“Como quiserem”), que é “uma reflexão sobre o género comédia que é difícil de homogeneizar”, explicou. A autora acrescentou que “há no romance várias referências” ao dramaturgo inglês.

Constituíram o júri o escritor Vasco Graça Moura, Guilherme d’Oliveira Martins em representação do Centro Nacional de Cultura, José Manuel Mendes pela Associação Portuguesa de Escritores, Maria Carlos Loureiro pela direção geral do Livro e das Bibliotecas, Manuel Frias Martins pela Associação Portuguesa dos Críticos Literários, Maria Alzira Seixo e Liberto Cruz, convidados a título individual, e Lima de Carvalho e Dinis de Abreu, em representação da Estoril Sol.

Luísa Costa Gomes nasceu em Lisboa, licenciou-se em Filosofia e foi professora do ensino secundário, actividade que abandonou para se dedicar à escrita e à realização de Oficinas da Escrita em diversas escolas.

Notícia corrigida às 14h39