O britânico Elvis Costello é quase sempre melhor quando deixa de lado o rock mais clássico e adopta o papel de herdeiro das fundações da América popular. Justiça lhe seja feita, sempre fez o que lhe apeteceu, movendo-se pelos mais diversos universos. Nos últimos anos desmultiplicou-se em aventuras a solo, colaborações (de Sofie Von Otterou a Burt Bacharach) e projectos especiais. É nessa última qualidade que vem a Portugal na próxima quarta-feira, apresentando a obra do ano passado "Secret, Profane and Sugarcane", álbum de baladas que procura inspiração no bluegrass e na música country, tocado por uma formação (The Sugarcanes) que se divide por instrumentos como o bandolim, o contrabaixo ou o acordeão. Dir-se-ia que, nos últimos anos, tem vindo a redescobrir as canções que os pais ouviam na infância (jazz popular, comédias musicais da Broadway dos anos 40 ou country) com ouvidos de adulto. O que são boas notícias, porque é quase sempre melhor quanto mais se aproxima da composição clássica americana, afastando-se da rotina roqueira, como o compositor de fim-de-semana que se dedica aos verdadeiros prazeres nos tempos livres.
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