Omar para dançar

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Omar Souleyman

Combinação de influências turcas, curdas e árabes, dissolvidas numa abordagem electrónica

Há cerca de um ano, o sírio Omar Souleyman e o seu colectivo de músicos converteram o Anfiteatro da Gulbenkian, em Lisboa, numa invulgar pista de dança, através de uma música física e sintética. Não custa acreditar que poderá acontecer o mesmo na Casa da Música (com os Coup deBam) e no Lux. Autêntica lenda pop na Síria, a música de Souleyman só agora tem sido dada a conhecer no ocidente. A sua sonoridade combina influências turcas, curdas e árabes, dissolvidas numa abordagem electrónica repleta de cordas e percussão. É uma sonoridade no fio da navalha do cor-de-rosa para ouvidos ocidentais, mas é precisamente o à-vontade dos músicos, e a dinâmica de festa que é imposta, que acabam por conquistar. Pertencente aos quadros da Sublime Frequencies, editora americana especialista em lançar músicos desconhecidos do continente africano e asiático, Souleyman lançou este ano o álbum "Jazeera Nights: folk and pop sounds of Syria", compilação de temas anteriormente apenas disponível em cassete.  Não deve ter sido fácil compilar uma dúzia de canções provenientes dessas cassetes - é que nos últimos anos, lançou cerca de 500, apenas na Síria.

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