Carlos Queiroz critica FIFA, Deco critica Queiroz

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Deco foi muito crítico para Queiroz dr

O treinador não gostou da autorização concedida a Drogba, o jogador ficou desagradado com a posição em campo e a sua substitução.

O seleccionador nacional teceu no fim do primeiro jogo de Portugal fortes críticas à FIFA devido à autorização cedida ao jogador da Costa do Marfim Didier Drogba, que contraiu recentemente uma lesão no braço direito. O jogador do Chelsea foi autorizado a jogar com uma protecção especial.

Perante isto Carlos Queiroz chegou a dizer que há regras diferentes. “Não se pode jogar com um adesivo no braço, com um fio e, de repente, aparece um jogador com uma protecção. Portugal devia ser tido nesta questão. Mas houve uma estrela do futebol africano que pôde jogar com uma protecção. Os jogadores não podem jogar com uma banda, mas com uma protecção sim”, criticou.

Disse ainda que “houve alterações das regras” a meio do Mundial, admitindo que quando a Costa do Marfim jogar com o Brasil possam ser alteradas a meio”.

Na conferência de imprensa que sucedeu o jogo com os “Elefantes”, o seleccionador português, claramente irritado, adiantou também que “não houve polémicas” com Portugal porque “não foi tido nem achado nessa questão” e que “os delegados da FIFA é que decidiram que o árbitro era soberano”.

“Não basta o árbitro tocar no meio da protecção, porque não sei o que está atrás e o que está à frente. Nem sei se a protecção mostrada aos delegados é a mesma com que ele jogou”, referiu por fim.

Deco critica Queiroz

O jogador do Chelsea, por seu lado, reprova a actuação de Portugal. O médio lamentou que a selecção não tenha feito as coisas bem, assim como o seu posicionamento em campo.
No dia em que cumpriu a 75.ª internacionalização, o jogador luso-brasileiro disse que “apostar no jogo directo não é a melhor solução”, criticando a forma com a formação das “quinas” actuou, sobretudo na segunda parte.

“O erro foi querer ganhar em 45 minutos. Isso criou-nos ansiedade e até podíamos ter perdido”, disse Deco, acrescentando: “Não entrámos bem no segundo tempo. A maneira de abordar o jogo depois do intervalo não foi a correcta”.

Em campo até aos 62 minutos, altura em que foi substituído por Tiago, também criticou a posição em que o colocaram a jogar.

“Por que fui substituído? tem de perguntar ao treinador. Sentia-me bem”, frisou Deco, lamentando: “Primeiro pediu-me para abrir na direita, coisa que nunca fiz na minha carreira, pois não sou extremo, e depois tirou-me”. Deco prosseguiu: “Não fico chateado por sair, entendo é que não é assim que conseguimos resultados. Foi o meu 75.º jogo na selecção, mas, para mim, o mais importante é vencer e isso não aconteceu. Por isso, não saio satisfeito”.

Apesar de tudo, o médio luso, que já representou Portugal nos Europeus de 2004 e 2008 e no Mundial de 2006, é da opinião que o apuramento continua a ser possível. “Está tudo em aberto, na certeza de que temos de ganhar o segundo jogo”, avançou Deco, já com pensamento no embate de segunda-feira com a Coreia do Norte, que hoje se estreia face ao pentacampeão mundial Brasil.

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