Documentário conta o 25 de Abril pela lente do fotógrafo Carlos Gil

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Exposição do trabalho de Carlos Gil na Fundação Mário Soares DR

É um documentário, chama-se a A revolução de Abril nos olhos de Carlos Gil e retrata em 30 pequenas histórias, recorrendo às imagens captadas pelo fotojornalista Carlos Gil, aquele que foi o mais marcante episódio da história recente de Portugal, o dia 25 de Abril de 1974.

Foi através da lente de Carlos Gil, que morreu em 2001, que chegaram até aos nossos dias muitas das imagens do que se passou naquele dia de Abril. O trabalho do autor, que defendia que o fotojornalismo também sofreu uma revolução no dia da revolução dos cravos, é agora ponto de partida para o lançamento, esta semana de um documentário editado pela Zon Lusomundo. O documentário da autoria do jornalista Adelino Gomes, também ele repórter naquele dia de 1974, é realizado por Ivan Dias e tem direcção de fotografia de Daniel Gil, filho de Carlos Gil e nele reúnem-se 30 histórias com a assinatura de personalidades diversas desde Mário Soares, José Manuel Tengarrinha, passando pelo crítico de Jazz António Curvelo, o ex-capitão de de Abril Vasco Lourenço ouo músico José Mário Branco.

O lançamento do documentário é acompanhado ainda esta semana por mais iniciativas, nomeadamente duas exposições sobre o trabalho de Carlos Gil, uma já inaugurada ontem na Fundação Mário Soares, em Lisboa, e outra inaugurada no próximo domingo, 25 de Abril pelas 17h00, na FNAC do Chiado, também em Lisboa.

Carlos Gil tinha 35 anos no 25 de Abril e trabalhava na Flama. Começou a fotografar em Timor-Leste em 1964. Publicou textos e fotografias em inúmeros jornais estrangeiros. Foi editor fotográfico, entre outras, das Revistas Mais, Sábado e Tempo Livre. Cobriu conflitos armados e guerras de guerrilha, do Sahara Ocidental a El Salvador, passando pelo Iraque.

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