POSITIVO e NEGATIVO
+
Yannick Djaló
Mantém o seu principal argumento, a velocidade, intacta, mas parece ter ganho um domínio da bola que antes lhe faltava. Cada vez mais adaptado à posição de extremo, Yannick faz como poucos o movimento de derivar para a zona central e baralhar as marcações.
Pedro Mendes
Muito importante no meio-campo do Sporting na dupla função de defender e atacar. Com Miguel Veloso ao lado, o médio conseguiu libertar-se e construir jogadas perigosas, ao mesmo tempo que não deixou passar nada pela sua área de acção. O Sporting precisava de experiência na equipa e, com Pedro Mendes, obteve-a.
Liedson
Não marcou, mas foi fundamental na luta contra a defesa portista. Ele pode até jogar melhor com um companheiro na frente de ataque, mas se é com ele sozinho que a equipa joga melhor, então tem de se adaptar.
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Jesualdo Ferreira
Não havia muito que inventar e, no papel, tudo parecia estar no lugar. O pior foi quando o Sporting começou a marcar golos e o técnico portista não conseguiu reagir da melhor maneira.
Defesa do FC Porto
Merece ser avaliada negativamente como um bloco, porque nenhum deles teve capacidade para travar as fortes investidas sportinguistas.
O Sporting renasce, Benfica e Braga agradecem
FC Porto mais longe do título após desaire em Alvalade por 3-0. “Leões” recuperaram o quarto lugar.
O jogo deste domingo, em Alvalade, tinha vários espectadores atentos. A começar por Benfica e Sporting de Braga, os dois primeiros do campeonato, a torcer por uma vitória do Sporting sobre o FC Porto, como até o próprio Jorge Jesus admitiu. Só o tempo dirá se os portistas ainda são candidatos ao título, depois de terem sido derrotados por 3-0 por um Sporting, a quem daria muito jeito que a época começasse agora e que não estivesse já quase no fim.
A 2 de Fevereiro, no Estádio do Dragão, assistiu-se à demonstração absoluta de força de um e a subjugação de outro. O FC Porto ganhou por 5-2 e o Sporting acabou humilhado, destruído e eliminado da Taça de Portugal. Aliás, nem era preciso recuar muito para ver um Sporting frouxo, arrastado e sem ambição. Bastava ver o empate sem golos frente à Olhanense na jornada anterior. A mesma jornada, diga-se, em que os portistas tinham goleado o Sp. Braga, um candidato ao título, por 5-1.
Apesar de ter tido um encontro exigente na quinta-feira, Carlos Carvalhal apostou exactamente no mesmo “onze”, adiando o regresso de João Pereira, de novo disponível após castigo. Manteve o mesmo meio-campo reforçado, com Pedro Mendes e Miguel Veloso mais recuados e Izmailov, Yannick e Moutinho no apoio a Liedson. Do FC Porto, nenhuma surpresa de Jesualdo Ferreira. Tomás Costa era o substituto previsível de Fernando, enquanto Varela e Mariano tinham como missão alimentar Falcao pelas alas.
Se no tal jogo no Dragão, o FC Porto começou a resolver aos 18’, por Rolando, este domingo, o Sporting não precisou de tanto tempo para começar a deixar a sua marca. Aos 6’, João Moutinho arrancou pela direita, Yannick recebeu a bola fora da área e disparou para a baliza com toda a potência. Helton ainda tocou na bola, mas não o suficiente para a impedir de entrar. Uma vantagem que, pelo pouco tempo de jogo ainda não dava para ver se era merecida, mas que o Sporting, com o correr dos minutos, se encarregou de justificar.
Mendes e Veloso foram uma dupla intransponível a defender e integraram-se bem no ataque, com preciosa ajuda dos laterais Abel e Grimi. Depois foi só confiar no bom julgamento dos mais adiantados. Yannick, rápido e confiante como esteve frente ao Everton, foi um problema constante e, do outro lado, Izmailov desfez Álvaro Pereira com as suas deambulações para o meio do terreno. Falcao raramente teve a bola na cabeça ou nos pés porque a defesa leonina também esteve bem oleada. Varela quase não se mostrou frente à equipa que o lançou e Mariano perdeu todos os duelos com Grimi.
Sem perigo portista, o Sporting mostrou-se sem vergonha, orgulhoso e impulsionado pelos aplausos que entretanto parecem ter regressado a Alvalade. Liedson, sozinho e em sacrifício, manteve a defesa do FC Porto em sobressalto, com um remate aos 11’ que Helton conseguiu segurar. Os campeões nacionais reagiram, como lhes competia, equilibrando as operações, especialmente quando Varela e Mariano trocaram de flanco, mas sem colocarem em perigo a baliza sportinguista.
Mesmo a fechar a primeira parte, um momento da responsabilidade de um homem que já está habituado a marcar ao FC Porto. De fora da área, Izmailov fez o 2-0 e colocou os sportinguistas em delírio. O Sporting foi para o intervalo como tinha entrado, moralizado.
Depois, veio a confirmação de uma vitória e o tónico para um resto de jogo tranquilo. Liedson avançou pela direita e, mesmo com pouco ângulo, acertou no poste. Miguel Veloso apanhou o ressaltou e fez o terceiro sportinguista.
Jesualdo, que tinha tentado mudar alguma coisa ao intervalo, fazendo entrar Belluschi para o lugar de Meireles, ficou sem saber bem o que fazer. O Sporting também abrandou, mas não o suficiente para se deixar apanhar. Sem ter o topo como objectivo, os “leões” cumpriram com brilhantismo o objectivo realista do quarto lugar. Para o FC Porto, o objectivo título fica bem mais longe. Talvez longe demais.
Ficha de jogoSporting,
3
FC Porto,
0
Estádio José Alvalade, em Lisboa.Assistência
28 220 espectadores.
Rui Patrício
7, Abel
7, Tonel
7, Carriço
7(Polga
-, 74’) Grimi
7, Pedro Mendes
8, Miguel Veloso
7(Adrien
-, 77’), João Moutinho
7, Izmailov
7(João Pereira
-, 90’), Yannick
8e Liedson
7.
TreinadorCarlos Carvalhal
FC PortoHelton
6, Fucile
5, Rolando
5, Bruno Alves
5, Álvaro Pereira
5, Tomás Costa
6, Rui Meireles
6(Bellushi
5, 46’), Ruben Micael
5(Guarín
4, 56’), Mariano
4(Rodríguez
4, 56’), Varela
5e Falcao
5.
TreinadorJesualdo Ferreira
ÁrbitroJoão Ferreira
5, de Setúbal.
AmarelosMiguel Veloso (12’), João Moutinho (16’), Bruno Alves (17’), Yannick (30’), Bellushi (73’), Helton (76’), Izmailov (77’) e Liedson (78’).
Golos1-0, por Yannick, aos 6’; 2-0, por Izmailov, aos 45’ e 3-0, por Miguel Veloso, aos 47’.
Notícia actualizada às 23h03