Rangel acusa Sócrates de criar "guerra artificial" com Cavaco Silva

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Para o eurodeputado, a situação é contrária ao interesse nacional Paulo Pimenta (arquivo)

Em declarações ao Rádio Clube, Rangel diz mesmo que Sócrates está a ter um comportamento de adolescente, em referência às palavras do chefe de Governo durante o último debate quinzenal na Assembleia da República sobre o porta-voz de Cavaco Silva. “O interesse nacional não passa por esta guerra artificial criada pelo primeiro-ministro e por duas ou três pessoas que estão próximas do primeiro-ministro”, comentou.

Nesse sentido, o social-democrata entende que José Sócrates está a passar dos limites, tendo em conta que com o seu comportamento está a prejudicar o interessa nacional. Ainda assim, Rangel fez questão de ressalvar que nem toda a bancada socialista segue o secretário-geral do partido, que está a ter uma postura “totalmente contrária ao princípio da cooperação e da separação e interdependência dos poderes que gere todos os regimes constitucionais no contexto europeu”.

Rangel disse também que o primeiro-ministro e o Governo têm “uma visão da política em Portugal que é instrumental, adjectiva e adolescente”, sublinhando que Sócrates está em “conflito” com “todos os outros órgãos de soberania” e que tem revelado uma “falta de sentido de estado total”.

Questionado sobre a sua posição em relação ao congresso extraordinário do PSD proposto por Pedro Santana Lopes, ainda em declarações à mesma rádio, Rangel assumiu que não tem uma posição definitiva sobre o assunto, apesar de admitir que a discussão pode ser uma boa ideia para o futuro dos social-democratas.

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