Espanhola La Seda não voltará aos lucros antes de três anos

“A La Seda hoje não tem futuro, a sua situação é terminal e o plano de recuperação será duro para todos”, afirmou o gestor português, em entrevista ao jornal espanhol Expansión.

A BA Vidro, que está prestes a tornar-se na accionista de referência da empresa espanhola - com 18 por cento do capital -, caso a assembleia-geral de accionistas aprove hoje um aumento de capital de 300 milhões de euros, já desenhou um plano estratégico para recuperar a empresa.

O gestor sublinhou que a BA Vidro viu na empresa catalã “uma oportunidade para atacar o mercado” do plástico para embalagens, mas diz-se consciente de que o sucesso do projecto não será fácil. “Temos um projecto industrial que pode fazer sentido, mas estamos conscientes de que obter rentabilidade é um objectivo de longo prazo”, disse.

A La Seda tem uma dívida de 890 milhões de euros e esteve envolvida num processo complexo de gestão danosa, que resultou em perdas de 200 milhões de euros.

Moreira da Silva atribuiu os problemas da empresa a erros de “governo e gestão” e à ausência de um accionista de referência.

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