As apreensões de droga tiveram lugar nos dias 4 e 27 do mês passado, nos arredores do Porto. A cocaína, misturada entre 30 toneladas de banas e 10 de mandioca, era proveniente do Equador e deveria seguir para Espanha, onde a rede de traficantes está sediada. Depois, segundo os inspectores da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes (UNCTE) seria revendida para outros mercados, nomeadamente o português.

Em Portugal, depois da troca de informações com responsáveis policiais holandeses, a PJ veio a deter quatro suspeitos e a identificar três outros. Alguns dos detidos, diz a polícia, já possuem antecedentes no tráfico. Tratam-se de um empresário, um comerciante, um estudante e um desempregado.

A par das investigações em Portugal decorreram outras em Espanha, as quais acabaram por permitir a prisão de mais três homens (um espanhol, um colombiano e um equatoriano). Entre estes três suspeitos encontra-se um que é apontado como o líder da rede e que as autoridades espanholas tentavam prender há cerca de dez anos.

Quanto às bananas e mandioca que serviam para dissimular a droga, a PJ informou que também já têm destino: revertem a favor do estado, sendo agora entregues à federação dos Bancos Alimentares contra a Fome e a outras instituições de solidariedade.