Profissionais do imobiliário defendem auto-regulação no sector

"Uma das coisas que defendemos é a auto-regulação [do sector]. O Governo também tem que querer, mas nós estamos prontos para assumir mais responsabilidades. A associação está num patamar de credibilidade perante a sociedade em que quer assumir mais responsabilidades, ou seja, ter mais papéis na regulação", disse o responsável.

Luís Carvalho Lima exemplificou com a formação dada aos promotores imobiliários. "Não tem qualquer lógica fazer-se formação sem que seja preciso um parecer da APEMIP sobre se os cursos têm interesse ou não", disse o presidente da Associação. Para o mesmo responsável, em causa está "retirar competências ao Instituto da Habitação e entregá-los à associação".

A auto-regulação é um dos objectivos da APEMIP, que hoje celebra o seu 42º aniversário, para o ano de 2010.Outro dos pontos estratégicos da associação para o próximo ano visa o mercado do arrendamento."Entregámos ao Governo uma proposta sobre o mercado do arrendamento. Todos os governos, desde há sete ou oito anos, tratam o arrendamento como um desígnio nacional, mas este nunca funciona", apontou Luís Carvalho Lima.

Para que funcione, sublinhou o responsável, "é preciso duas coisas: que o despejo do arrendatário possa ser rápido, e alterar a carga fiscal sobre as rendas".

"Enquanto não resolverem estes problemas, nunca vai haver mercado de arrendamento. O Governo tem que ter coragem para as alterações legislativas necessárias", vincou.