Facebook vai alterar sistema de privacidade

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Mark Zuckerberg escreveu uma carta aberta aos utilizadores D.R.

Numa carta aberta, o jovem fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, explica que o actual modelo de privacidade funciona em torno de redes – que podem ser geográficas (como uma cidade ou um país) ou redes relativas a uma universidade ou empresa.

Uma das formas que um utilizador tem para partilhar os respectivos dados é definir que os membros de uma determinada rede têm acesso à informação. Por exemplo, alguém pode decidir partilhar informação com todas as pessoas que tenham aderido à rede de uma mesma universidade (tipicamente, são estudantes ou ex-estudantes da instituição). O mesmo é válido para cidades e, em alguns casos, países.

Zuckerberg, porém, considera que as redes que dizem respeito a locais geográficos já não são adequadas. E vai substituí-las por um controlo mais rigoroso dos dados online.

“Estamos a acrescentar algo que muitos de vocês pediram”, escreveu Zuckerber, referindo-se à “possibilidade de controlar quem vê cada item de conteúdo” colocado no Facebook.

O Facebook, que começou por ser uma rede para estudantes universitários, começou por ganhar popularidade nos EUA, mas acabou por conquistar o mercado europeu – incluindo Portugal, onde o Hi5 foi a primeira rede deste género a ter sucesso.

Muitos utilizadores colocam online todo o tipo de informação pessoal: desde informação sobre o que estão a fazer num dado momento, até fotografias de todo o género.

O Facebook já teve alguns percalços com questões de privacidade.

Um dos episódios mais marcantes aconteceu em Novembro de 2007, quando Zuckerberg queria implementar um sistema que permitia a outros sites (como sites de vendas online) informar automaticamente a rede de “amigos” das actividades que um utilizador tivesse feito. Por exemplo, quando um utilizador fizesse uma compra, os contactos desse utilizador recebiam uma notificação.

O objectivo era fazer com que o Facebook funcionasse como uma plataforma de publicidade “boca-a-boca” – mas a reacção dos utilizadores foi tão adversa que a empresa viu-se forçada a recuar nos planos.

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