O clássico bis de Farías, o clássico 4-0 e um adolescente recordista

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Farías e Hulk marcaram os quatro golos do FC Porto Fernando Veludo / nFactos

Mesmo com Platini do lado da equipa da II Divisão, o jogo entre FC Porto e Sertanense terminou como os anteriores: com uma goleada portista por 4-0 e com dois golos de Farías. Este clássico da Taça de Portugal – como lhe chamaram elementos das duas equipas, que se defrontaram pela terceira temporada consecutiva nesta prova -, ficou resolvido aos dez minutos, quando o FC Porto chegou aos 2-0 e o visitante ficou com menos um jogador.

Antes da recepção ao APOEL, o FC Porto teve um jogo descansado e cheio de novidades: três defesas (Maicon, Nuno André Coelho e Fernando), várias estreias (o primeiro golo de Hulk e os primeiros minutos de Beto, dos centrais e de Prediger) e, especialmente, um recorde de precocidade. O médio Sérgio Oliveira (17 anos e 137 dias), o único dos oito juniores convocados que foi titular, tornou-se no mais novo de sempre a participar num jogo oficial do FC Porto, ultrapassando a marca de Fernando Gomes, que tinha 17 anos, nove meses e 26 dias quando defrontou a CUF, em Setembro de 1974. Tal como o lendário avançado, que marcou na estreia, Sérgio Oliveira impressionou.

O Sertanense aproveitou o palco cinco estrelas do Dragão para receber a taça de campeão da III Divisão, série D, que conquistou na época anterior, mas uma simples estante chega para os troféus do clube, que antes disso tinha como destaques a caminhada até aos oitavos-de-final na Taça em 2007/08. A diferença enorme entre as duas equipas – um orçamento de 40 milhões contra um de 125 mil euros - notou-se demasiado cedo, quando Hulk marcou de livre directo logo no primeiro remate portista (6’) e Farías teve bónus no segundo: penálti cometido por Renato, expulsão e o 2-0 marcado pelo argentino (10’). Depois disso, as oportunidades sucederam-se, mas o guarda-redes Paulo Salgado e Platini foram adiando mais festejos do campeão da Liga. Entretanto, o Sertanense poderia ter marcado se João Capela tivesse assinalado um dos dois lances polémicos na área portista durante a primeira parte – pelo menos o primeiro, entre Fernando e Platini, pareceu grande penalidade.

Com menos um (e mais tarde dois), a equipa da Sertã lutou como pôde. O Sertanense foi novamente goleado, mas sempre que o FC Porto lhe fecha uma porta também lhe abre uma janela: foi à custa dos jogos com o tetracampeão que comprou o autocarro com que se deslocou até ao Porto e que aumentou o número de sócios de 400 para 1200.

O 3-0 surgiu antes do intervalo, resultado de um toque subtil de Farías após cruzamento de Rodríguez. O argentino, até porque já tinha cumprido a quota habitual de dois golos por jogo contra o Sertanense (bisou nos três encontros), foi substituído ao intervalo pelo senegalês Yero. O 4-0 foi obra de Hulk (mas com um desvio de Dias) perto do fim.

O reencontro entre os dois clubes está, muito provavelmente, marcado para a próxima época.

Ficha de jogo

FC Porto, 4


Sertanense, 0


Jogo no Estádio do Dragão, no Porto.
Assistência
30.012 espectadores.

FC Porto

Beto 6, Fernando 6, Maicon 6, Nuno André Coelho 6, Prediger 6, Sérgio Oliveira 7, Mariano 6 (Alex 5, 70’), Valeri 5, Rodriguez 6 (Dias 6, 61’), Hulk 7 e Farías 7 (Yero 5, 46’). 


Treinador

Jesualdo Ferreira.

Sertanense

Paulo Salgado 7, Renato 5, Hugo Ventosa 6, Leo Bahia 6, Flávio Dias 5, Filipe Avelar 6, Leandro 5, Platini 6, Rui César 5 (Adérito 5, 70’), João Frazão 6 (Idris 5, 46’) e João Boiças 5 (B. Grou 6, 61’).


Treinador

Joaquim Mendes.

Árbitro

João Capela 4, de Lisboa. 


Amarelos

Leo Bahia (56’), Yero (76’) e Filipe Avelar (77’). Vermelho Renato (9’) e Idris (74’).

Golos

1-0, por Hulk, aos 6’; 2-0, por Farías, aos 10’ (gp); 3-0, por Farías, aos 39’; 4-0, por Hulk, aos 86’.

Notícia actualizada às 22h55
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