Três em cada quatro jovens bipolares têm familiares com distúrbios psiquiátricos

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A mania pode ser controlada com um diagnóstico atempado Miguel Madeira (arquivo)

Três em cada quatro jovens que sofrem de distúrbio bipolar, com episódios maníacos, têm parentes a quem foi diagnosticada alguma perturbação psiquiátrica, revela um estudo publicado no livro “Clinical Aspects of Mania”, hoje apresentado em Lisboa.

Segundo este estudo, 80 por cento das crianças e jovens com mania (uma manifestação clínica da doença bipolar) têm familiares com distúrbios, o que revela o peso dos factores genéticos nesta doença.

Além desta componente, há outros factores que podem desencadear um episódio de mania, como a relação conflituosa com pais e irmãos, dificuldade na integração na escola, fraca capacidade de interacção com os outros e falta de calor maternal, segundo um comunicado de imprensa da farmacêutica Bristol-Myers Squibb, que promove hoje, no Hospital de Santa Maria (Lisboa) uma sessão de esclarecimento sobre o tema.

A mania manifesta-se através de sintomas como: mudanças repentinas de humor, falar muito e rápido, auto-estima extremamente elevada, energia em excesso, pouca necessidade de dormir, distracção exacerbada e irritabilidade.

De acordo com a mesma investigação, em 60 por cento dos adultos a doença manifestou-se antes dos 20 anos e em 10 a 20 por cento dos casos antes dos dez anos. Os especialistas estimam que 6 a 15 por cento das crianças e adolescentes sofram de distúrbio bipolar, com episódio maníaco que pode durar até quatro anos, sobretudo no caso dos jovens. Embora esta doença seja incurável, a mania pode ser controlada com um diagnóstico atempado, e terapêutica e acompanhamento psicológico, familiar e escolar adequados.

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