Ligações Perigosas

Podíamos dizer que a culpa é de BenAffleck - seria injusto, porque a culpade "Ligações Perigosas" não"descolar" como promete não é sósua, nem sequer da tríade deargumentistas de luxo (MatthewMichael Carnahan, "O Reino"; TonyGilroy, a trilogia Bourne e "MichaelClayton"; Billy Ray, "Quebra deConfiança") que adaptou a sérieoriginal da BBC. O problema é só ume é de raiz - "compactar" em duashoras uma série de TV de seisepisódios leva a que fique muita coisade fora e não é preciso ter visto ooriginal para perceber onde é quehouve questões que foram à vida. Eaquilo que durante metade do filme éum inteligente "thriller" político queevoca os exemplos clássicos dogénero na década de 1970 (com "OsHomens do Presidente" à cabeça),dobrado de meditação sobre amanipulação (mediática e não só) edirigido com nervo pelo inglês KevinMacdonald ("O Último Rei daEscócia") na sua primeira investidapelos estúdios americanos, começa aperder o pé a meio com anecessidade de atar "pontas soltas"que nem sequer se teve tempo deexplorar, e apressadesnecessariamente o final."Ligações Perigosas" não deixa porisso de ser trabalho limpinho,honesto, sólido, que dá até aos papéismais pequenos a oportunidade debrilharem, mas sem o golpe de asaque o levasse à excelência.

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