Palau aceita receber 17 uigures detidos em Guantánamo

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Resolver o destino dos uigures que estão em Guantánamo era uma tarefa urgente de Obama para encerrar a prisão REUTERS

Os 17 muçulmanos chineses que estão detidos em Guantánamo irão ser transferidos para o arquipélago Palau, no Pacífico, noticiaram as autoridades do país.

Os prisioneiros são da minoria uigur, e o seu destino estava a ser um problema para as autoridades americanas, uma vez que o repatriamento para a China significaria, provavelmente, serem torturados e executados.

O Presidente Johnson Toribiong afirmou que o seu Governo “aprovou o pedido dos Estados Unidos para instalar provisoriamente até 17 detidos da etnia uigur... sujeito a revisão periódica”, cita a BBC online. O Palau “está honrado e orgulhoso” por acomodar os prisioneiros, que ficou provado não serem “combatentes inimigos”.

Para Toribiong, este acordo foi um “gesto humanitário, que nada tem a ver com a revisão para breve do Compact of Free Association, segundo o qual Washington faz avultados donativos ao Palau.

Com 20 mil habitantes, o país é um antigo território administrado pelos EUA e um dos poucos que reconhece Taiwan e não a República Popular da China – o que, segundo alguns analistas, pode ter facilitado as negociações.

A concretizar-se, esta será a maior transferência isolada de detidos de Guantánamo. E é o primeiro acordo sobre os prisioneiros da base cubana desde que o Presidente norte-americano, Barack Obama, a prometeu encerrar no espaço de um ano.

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