Líder da bancada do CDS pondera dar liberdade de voto sobre projecto de redução de teor do sal no pão

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Pedro Mota Soares invoca o direito a comer pão com sal para votar contra a proposta do PS António Carrapato (arquivo)

O líder da bancada parlamentar do CDS-PP, Diogo Feio, está a ponderar dar liberdade de voto aos deputados amanhã a propósito do projecto de lei do PS que pretende reduzir o teor de sal no pão. O PÚBLICO apurou que há pelo menos um deputado que não concorda com a proposta socialista.

"Acho que é uma prática higienista e até fascizante que me obriguem a comer pão com menos sal. E se eu quiser comer pão com mais sal? Não posso?", questiona o deputado do CDS-PP Pedro Mota Soares que se mostra mais a favor de obrigar a colocar informação clara sobre o teor do sal nos rótulos das embalagens de pão, o que está incluído na proposta socialista. O projecto de lei do PS propõe impor um teor máximo de sal de 1,4 gramas por 100 gramas de pão, ou seja 14 gramas de sal por quilo de pão. Apesar da diversidade da quantidade de sal utilizado no pão nas diversas zonas do país, "o pão de maior consumo, o chamado pão 'normal' possui entre 18-21 gramas de sal por quilo, ao passo que o pão integral é fabricado com uma média de 15 gramas", segundo o projecto de lei. O mesmo documento refere que o pão português "tem em média muito mais sal do que o pão dos restantes países europeus". A proposta do PS é votada amanhã.

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