Vicky Cristina

Talvez Woody devesse ter chamado àssuas férias em Espanha "Juan AntonioMaria Elena Cristina" - porque o filmeapenas descola a meio, quando acâmara se afasta de Vicky, a inseguraneurótica, e Cristina, a inseguraboémia, e se concentra notempestuoso casal ibérico formadopor Juan Antonio, o pintor charmoso,e Maria Elena, a musa desequilibrada.

Até aí, "Vicky Cristina Barcelona" nãopassara de um arremedo preguiçosode comédia turística sobreamericanos parolos confrontadoscom o encanto da velha Europa;quando Penélope entra em cenatudo se parece encaminhar para uma"screwball comedy" latinizada, comuma invulgar componente sensualtrazida pela câmara de JavierAguirresarobe. É sol de pouca dura,mesmo quando Allen introduz noúltimo terço uma bem-vinda nota dedesencanto; sempre que Penélope eJavier Bardem estão fora de cena,"Vicky Cristina Barcelona" revela-seapenas a marcação de ponto anual dorealizador, confirmando que "MatchPoint" foi mesmo um fogacho.

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