Madagáscar

Enche o estômago no momento, ao fim de uma hora continua-se com fome

O regresso dos quatro animais do jardim zoológico de Nova Iorque largados à solta na selva sofre da pecha tradicional das longas de animação da Dreamworks - muito gague bem sacado de sitcom televisiva com um fiozinho muito ténue de história a ligar tudo e, ainda por cima, a história é uma variação muito óbvia sobre "O Rei Leão" (sim, sim, leram bem).

Há momentos muito divertidos (as lutas sindicais entre os pinguins e os macacos, a velhota judia e o kung-fu klezmer, o hipopótamo pinga-amor estilo Barry White) e a animação é sobre-excelente (Guillermo Navarro, o director de fotografia habitual de Guillermo del Toro, é creditado como consultor visual), mas a sensação com que se sai é a de um qualquer "fast-food": enche o estômago no momento, mas ao fim de uma hora continua-se com fome. E é pena, porque o "prólogo" de abertura mostra o que "Madagáscar 2" podia ter sido se em vez do gague certeiro tivesse havido um bocadinho de trabalho narrativo.

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