Doze reclusos do Estabelecimento Prisional de Monsanto entraram hoje em greve de fome

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A prisão de Monsanto é um Estabelecimento de segurança máxima tem regras diferentes das outras prisões Luísa Ferreira (arquivo)

Doze reclusos do Estabelecimento Prisional (EP) de Monsanto, em Lisboa iniciaram hoje uma greve de fome. Os motivos ainda não são claros mas segundo a advogada de um dos reclusos devem-se à “agressão física e psicológica existente na prisão”.

"Dos 44 reclusos afectos ao EP de Monsanto, 12 não tomaram hoje o pequeno-almoço e o almoço", adiantou a fonte da Direcção-Geral dos Serviços Prisionais (DGSP). "Não há registo de queixas objectivas relativamente a violações de direitos humanos ou restrições não permitidas pelos regulamentos em vigor naquele Estabelecimento Especial”, continua a fonte.

A prisão de Monsanto é um Estabelecimento de segurança máxima. Por isso tem regras diferentes das outras prisões que no quotidiano, quer em questões de segurança dos reclusos. “Trata-se de regras objectivas, conhecidas e validadas por entidades externas de cariz inspectivo", realçou a fonte.

A advogada do espanhol Jaime Gimenez Arbe, conhecido como "El Solitário", o assaltante de bancos e homicida detido há um ano em Portugal, disse domingo passado que vinte reclusos da cadeia de Monsanto ameaçavam entrar em greve de fome hoje. Segundo a advogada a greve é um protesto contra o ambiente de "agressão física e psicológica que afirmam existir naquela prisão".

"Os reclusos queixam-se que, se não fizerem o que os guardas querem, lhes retiram, por exemplo, as visitas conjugais e que os colocam em solitárias", disse Lígia Borgini.

Por outro lado, adiantou, os presos também afirmam que muitas das queixas que fazem acabam por derivar em processos contra eles. O mesmo foi relatado à Lusa pela mãe de um dos reclusos.

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