A cantora de Jazz Sheila Jordan actua hoje em Lisboa

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O concerto da cantora de jazz Sheila Jordan é hoje à noite no CCB Pedro Melim/PÚBLICO (arquivo)

A cantora de jazz norte-americana Sheila Jordan actua hoje à noite no Centro Cultural de Belém, num concerto comemorativo do quinto aniversário do blogue Jazz no País do Improviso. Lisboa será a primeira etapa de uma digressão que Sheila Jordan, com 80 anos, vai realizar em Portugal onde passará por Almancil, Sines, Cascais, Odivelas e Madeira.

A cantora norte-americana será acompanhada por Filipe Melo (piano), Bernardo Moreira (contrabaixo), e João Moreira (trompete), partilhando o palco lisboeta com as cantoras Maria Viana e a Maria João que extra-programa, será acompanhada pelo pianista João Farinha, interpretará um tema.

O blogue Jazz no País do Improviso salienta que Sheila é uma "cantora ímpar na história do jazz", enquanto o CCB escreve que "é a última sobrevivente na linhagem das grandes e criativas vozes do jazz - a par de Billie Holiday, Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan e Betty Carter".

Maria Viana salientou a sua "enorme alegria em ter a oportunidade de cantar com tão grande vulto da arte maior que é o jazz".

Sheila Jordan actuou pela primeira vez em Portugal em 1992, no Estoril Jazz Festival. A cantora descobriu o jazz através de Charlie Parker, e casou-se com o seu pianista Duke Jordan. Na década de 1940, integrava um grupo que interpretava melodias de Parker e improvisava.

Segundo o crítico de música José Carlos Monteiro Costa, em 1951 Sheila "mudou-se para Nova Iorque onde ganhou uma maior experiência de bebop e estudou teoria musical do jazz com o pianista Lennie Tristano". Na década de 1950, cantava no Page Three, em Greenwich Village, "quando George RusseI a ouviu e recomendou à editora discográfica Blue Note", afirmou Monteiro Costa.

Em 1980, formou um quarteto com o pianista Steve Kuhn, Harvie Swartz e Bob Moses. Mais tarde, formou um duo com o contrabaixista Swartz, com o qual visitou Portugal.

Segundo Monteiro Costa "esta é uma das fórmulas que Sheila prefere: voz e contrabaixo. Sem as "restrições" de uma secção rítmica".

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