Ficheiros Secretos

Tem de se admitir: o "timing" da segunda aventura no cinema dos agentes do FBI Mulder e Scully, dez anos depois do primeiro filme e seis depois do fim da série televisiva, é no mínimo estranho - e Chris Carter, o criador da série que aqui assume realização, produção e argumento, não ajuda ao fazer de "Quero Acreditar" um episódio mais longo transposto para grande écrã, sem especial ritmo nem ideias de cinema.

No entanto, essa fraqueza estilística é também a grande força do filme, que se assume como umamodesta série B engenhosamente articulada à volta de questões de fé e crença, sem exigir um conhecimentoexaustivo dos detalhes mais arcanos da narrativa e recriando sem esforço a inquietação cerebral dos melhores episódios da série.

Digamos que quem nunca apreciou não vai encontrar aqui razões para mudar de opinião, mas para quem gostava o reencontro é simpático - embora não passe realmente disso.

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