Apito Final: Boavista punido com descida de divisão, FC Porto com perda de seis pontos

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Paulo Ricca

A Comissão Disciplinar da Liga puniu o Boavista com descida de divisão e uma multa de 180 mil euros, por coacção sobre diferentes equipas de arbitragem na época 2003/2004. No âmbito do mesmo processo, conhecido como Apito Final, o FC Porto foi sancionado com a perda de seis pontos, por tentativa de corrupção, e o seu presidente suspenso por dois anos, enquanto a União de Leiria foi punida com perda de três pontos.

Na sequência dos factos apurados, João Loureiro, presidente da SAD do Boavista à data dos factos, foi suspenso de actividades desportivas por um prazo de quatro anos, tendo-lhe ainda sido aplicada uma multa única de 25 mil euros.

Já o presidente do FC Porto, Pinto da Costa, será punido com a suspensão de dois anos e uma multa de dez mil euros. O clube, além da perda de seis pontos, a aplicar na actual temporada, foi ainda condenado ao pagamento de uma multa de 150 mil euros.

O presidente da SAD leiriense, João Bartolomeu, fica suspenso por um ano e terá de pagar uma multa de quatro mil euros, sendo o clube igualmente condenado ao desmbolsar 40 mil euros.

Árbitros suspensos por vários anos

Ao todo estavam em caso sete processos – três envolvendo o Boavista (todos por coacção sobre árbitros, dois contra o FC Porto (por tentativa de corrupção) e um contra a União de Leiria (também por tentativa de corrupção) e um autónomo contra o árbitro Martins Santos – mas a Comissão Disciplinar optou por aplicar penas únicas aos três clubes envolvidos.

Os árbitros envolvidos nestes processos foram também punidos com penas de suspensão: Augusto Duarte com seis anos; Jacinto Paixão com quatro anos; Martins dos Santos com três anos e meio; José Chilrito e Manuel Quadrado com dois anos e meio.

Na conferência de imprensa em que foram anunciadas as punições desportivas – no culminar de um processo desencadeado pelas certidões extraídas do processo judicial conhecido por Apito Dourado – o presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Hermínio Loureiro, sublinhou que “todas as decisões são passíveis de recurso para as entidades competentes, a saber a Comissão de Justiça da Federação" Portuguesa de Futebol.

Neste processo, o FC Porto era acusado de tentativa de corrupção aos árbitros de dois jogos – com o Beira-Mar e Estrela da Amadora, na época 2003/04 – e incorria numa pena de perda de seis pontos na actual temporada, enquanto Pinto da Costa podia ser suspenso por um período entre seis meses e dois anos.
O Boavista foi acusado de coacção sobre as equipas de arbitragem dos jogos disputados no mesma época com o Benfica, Belenenses e Académica, incorrendo na pena de despromoção à Liga de Honra, enquanto João Loureiro incorria numa suspensão de até oito anos.

A União de Leiria, última classificada no campeonato e já despromovida na Liga de Honra, era acusada de corrupção sob a forma tentada do árbitro do jogo com o Belenenses, e arriscava a perda de três pontos, enquanto o seu presidente João Bartolomeu poderia ser punido com uma suspensão até dois anos.

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