Ministério da Agricultura quer mais de 200 gabinetes técnicos florestais até Maio

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Este ano estarão no terreno 1600 homens Manuel Roberto/PÚBLICO (arquivo)

O secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas disse hoje que, até Maio, têm de estar constituídos mais de 230 gabinetes técnicos florestais, "com planos de defesa da floresta contra incêndios e respectivos planos operacionais municipais".

Ascenso Simões, que hoje presidiu, em Santarém, à abertura do III Fórum Distrital das Comissões Municipais de Defesa da Floresta contra Incêndios, garantiu que a meta estabelecida pelo ministro da Agricultura terá de estar concretizada em Maio.

Lembrando que o Ministério da Agricultura, no âmbito de um protocolo com a Associação Nacional de Municípios, investe anualmente seis milhões de euros nas parcerias com as câmaras municipais para financiamento dos gabinetes técnicos florestais, Ascenso Simões afirmou ser necessária a sua concretização e uma uniformização a nível nacional.

O secretário de Estado anunciou ainda para este ano o maior investimento de sempre do Ministério da Agricultura em matéria de "prevenção estrutural" aos incêndios florestais, superior a 20 milhões de euros. Segundo disse, este ano estarão no terreno 1600 homens, para detecção e primeira intervenção no combate aos incêndios, estando ainda previsto apoio às equipas de sapadores do Exército.

Serão ainda investidos dois milhões de euros em campanhas de sensibilização, adiantou. Ascenso Simões anunciou também que, até Maio, a legislação para criação das Zonas de Intervenção Florestal (ZIFs) vai ser alterada, no sentido de "resolver estrangulamentos" e "aumentar a dinâmica da sua constituição".

Ascenso Simões, que recentemente transitou da Administração Interna, onde tinha responsabilidades no combate aos incêndios florestais, afirmou que vai agora "ajudar a dar uma nova dinâmica" à organização estrutural da floresta. Nesse sentido, disse, vai trabalhar com as autarquias, as associações de produtores e os conselhos directivos dos baldios.

Ascenso Simões frisou que, apesar de a área ardida em 2006 e 2007 ter sido inferior à estabelecida no Plano Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios para 2012 (cem mil hectares), há a consciência de que esse facto não resulta de alterações estruturais, que são as mais demoradas no tempo a concretizar.

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