Convenção internacional sobre poluição marinha desencoraja fertilização de oceanos

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Já há empresas com projectos de fertilização no mar para criar créditos de carbono Rui Gaudêncio/PÚBLICO

A convenção, que regula actividades como o lançamento de resíduos no mar, ainda não tinha tomado uma posição sobre a promoção dos nutrientes nos oceanos, com a intenção de aumentar o crescimento do plâncton. Este método foi proposto para ajudar a aumentar a capacidade do oceano em captar o dióxido de carbono da atmosfera, combatendo as alterações climáticas.

Numa reunião na semana passada em Londres, a convenção adoptou a posição do comité científico, sobre os possíveis efeitos a longo prazo da fertilização dos oceanos. Representantes dos 35 países da convenção acordaram que todas as formas de fertilização oceânica devem ficar sob a regulamentação da convenção.

Para o próximo ano contam ter concluído regras para estes procedimentos, dirigidas aos governos.

A Greenpeace já felicitou a posição da Convenção. “Esta intenção de regular a fertilização do oceano tem um grande peso político e esta tomada de posição é o tipo de mensagem que estávamos à espera”, comentou David Santillo, da unidade de Ciência da Greenpeace no Reino Unido.

Várias empresas privadas, como a Planktos na Califórnia, pretendem fertilizar zonas do oceano para gerar créditos de carbono que poderão ser vendidos nos mercados de carbono.

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