“À noite” é o novo disco de Carlos do Carmo

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O fadista diz que o título do novo disco reflecte a sua vida Nelson Garrido/PÚBLICO (Arquivo)

"À noite" é uma opção pelo figurino tradicional e todas as músicas são "fados clássicos" com a assinatura de "grandes mestres", como Armandinho, Alfredo Marceneiro e Joaquim Campos.

Para este álbum, Carlos do Carmo "desafiou" poetas contemporâneos a escreverem propositadamente para melodias como "Fado Cravo", "Mayer", "Vitória", "Laranjeira", "Puxavante", "Bailado", "Marcha do Marceneiro", "Castanheira" ou "Ciganita".

Os poetas escolhidos foram Maria do Rosário Pedreira, José Manuel Mendes, Nuno Júdice, Fernando Pinto do Amaral, Luís Tinoco e Júlio Pomar. Além da temática do amor e desamor, surge também Lisboa e até um fado de sátira social assinado por Pomar.

Comum a todos os poemas é a palavra "noite", daí o titulo do álbum, que estará disponível no dia 15 através do PÚBLICO e da revista "Visão", e, um dia depois, nas lojas.

Acompanham o fadista José Manuel Neto, na guitarra portuguesa, Carlos Manuel Proença na viola e Marino de Freitas na viola-baixo.

Dia 7, no Museu, "a apresentação será um convívio informal, para conversarmos, e estarmos uns com os outros", assinalou Carlos do Carmo. Sobre o título do álbum, Carlos do Carmos revela que é "uma coerência" consigo mesmo, pois faz da noite a sua vida desde os 21 anos, quando o pai morreu.

Carlos do Carmo é filho da fadista Lucília do Carmo, que, juntamente com o seu marido, Alfredo, geria o restaurante típico "O Faia", no Bairro Alto. Carlos do Carmo tomou o lugar do pai após a morte deste e foi ali que se estreou.