Sub-20: jogador expulso no jogo com o Chile pede desculpa aos portugueses

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Zequinha foi um dos protagonistas do jogo pelos piores motivos Dominic Ebenbichler/Reuters

A selecção portuguesa de futebol de sub-20 chegou hoje a Lisboa de forma silenciosa, com Zequinha a pedir desculpa aos portugueses pela sua expulsão no jogo dos oitavos-de-final do Mundial do Canadá diante do Chile (derrota por 1-0).

O futebolista foi expulso no encontro depois de tirar o cartão vermelho da mão do árbitro na sequência da exclusão do defesa direito português Mano, por agressão a um adversário. "Quero pedir desculpa a todos os portugueses, que sempre nos apoiaram, e também ao presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Gilberto Madaíl, que não merecia nada disto que aconteceu. Foi um momento de desespero. Não vai voltar a acontecer. Não sei se a federação ou a FIFA vão tomar medidas. Peço desculpa por tudo", disse o jogador.

O camisola 9 da selecção das "quinas" esclareceu o que lhe passou pela cabeça quando o árbitro malaio, Subkhiddin Mohd Salleh, estava a exibir o cartão vermelho a Mano, adiantando ter sido "um gesto irreflectido de quem está com a cabeça quente" e de quem procurou que o árbitro não expulsasse o jogador.

"Estávamos a perder por 1-0 e faltavam cinco minutos para o fim. O árbitro ia expulsar um jogador muito importante e eu só tirei o cartão para que ele pensasse duas vezes. Antes, tinham havido duas agressões ao Fábio Coentrão e nada aconteceu", concluiu Zequinha.

José Couceiro não vê motivos para abandonar cargo de seleccionador

À chegada a Lisboa, o seleccionador nacional de futebol, José Couceiro, afirmou que não vê motivos para abandonar o cargo, mesmo depois do "fracasso" que foi o Europeu de sub-21 e do "abrupto" afastamento do Mundial de Sub-20.

Questionado à chegada ao aeroporto da Portela depois do Campeonato do Mundo no Canadá, José Couceiro afirmou que, apesar das competições não terem decorrido como se pretendia, nos sub-20 o objectivo foi alcançado e nos sub-21 atingiu a terceira melhor classificação de sempre.

"Não vejo motivos para isso acontecer. Os sub-21 não foram tão longe como todos gostaríamos, mas ainda assim fizemos a terceira melhor classificação de sempre da selecção de sub-21. Quanto aos sub-20, evidentemente que saímos mal. Mas atingimos o objectivo que tinha sido traçado, que era chegar aos oitavos-de-final", frisou o responsável.

Em relação ao actos de indisciplina da selecção nacional no final do jogo com o Chile, que culminaram nas expulsões de Zequinha e Mano, José Couceiro não quis comentar e remeteu o assunto para o inquérito que irá ser instaurado pela Federação Portuguesa de Futebol. "Tenho conhecimento que vai ser aberto um processo. Por isso, não vou comentar. Eu próprio fui buscar o jogador dentro do campo. Se há um inquérito, responderei na altura", asseverou Couceiro, destacando que "pode haver atenuantes. Naquele momento Portugal estava à procura do golo do empate. Qualquer acção para queimar tempo, beneficia sempre a equipa adversária".

José Couceiro garante que a primeira coisa que os jogadores expulsos fizeram foi pedir desculpa à restante equipa e ao comando técnico, e que toda a situação "será analisada internamente".

A selecção portuguesa de sub-20 saiu sem glória do Campeonato do Mundo no Canadá, manchada pela indisciplina e pelos maus resultados. Em quatro jogos, Portugal venceu apenas um, frente à Nova Zelândia (2-0), sendo derrotado pelo México (2-1), Gâmbia (2-1) e Chile (1-0), este já nos oitavos-de-final.

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