A Maldição da Flor Dourada

O Imperador quer envenenar a Imperatriz, esta quer fazer um golpe de estado, o mais velho dos três príncipes dorme com a madrasta e com a criada, o do meio está desterrado na fronteira, o mais novo vê tudo e não diz nada.

Esta intriga recambolesca, com os seus jogos de poder bizantinos entre familiares, é o território perfeito para a estelização visual opulente do realizador - melodrama excessivo, garrido, com gestos da ópera a emprestarem uma dimensão barroca, quase catárica, às convenções do género. Claro que essa estelização levada aos limites pode tornar-se cansativa, até porque o luxo dos cenários, dos figurinos, da fotografia, abafa a história. O que o salva é, sobretudo, a presença gloriosa de Gong Li.

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