Lisboa vai acolher entre Maio e Julho a primeira Trienal Internacional de Arquitectura, um evento que pretende inserir a capital no mapa mundial da arquitectura e que vai custar dois milhões de euros.
Na apresentação, hoje, na Ordem dos Arquitectos, em Lisboa, José Mateus, o comissário do evento, descreveu a Trienal Internacional de Arquitectura como uma espécie de "festival de arquitectura" dedicado ao tema "vazios urbanos".
"Isto não é uma exposição de arquitectura, é uma grande plataforma de parcerias que pretende ajudar a transformar mentalidades", afirmou José Mateus em conferência de imprensa.
A trienal decorrerá de 31 de Maio a 31 de Julho, coincidindo com a presidência portuguesa da União Europeia, que começa no dia 1 de Julho.
Trienal estará centralizada no Pavilhão de PortugalCom uma programação feita de exposições e uma conferência de três dias, a trienal estará centralizada no Pavilhão de Portugal, "uma sede natural e óbvia", da autoria de Álvaro Siza Vieira, o mais internacional dos arquitectos portugueses.
No entanto, haverá ainda núcleos expositivos em 15 pontos da cidade de Lisboa, assim como em Abrantes, Porto, Almada e Cascais.
No âmbito da trienal será ainda atribuído um prémio de carreira, estando a decisão a cargo de Siza Vieira. O prémio será uma obra criada por Cabrita Reis.
"Vazios urbanos", a questão que atravessa a trienal, é um tema que está "virado para os cidadãos e que permite abarcar a cidade como uma estrutura multifacetada", disse José Mateus.
Como exemplos de "vazios urbanos", o arquitecto citou os terrenos da antiga Feira Popular ou a área de armazéns da zona de Alcântara.