Orgulho gay: marcha em Lisboa pelos casamentos de pessoas do mesmo sexo

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As iniciativas têm este ano o apoio de duas figuras públicas, os escritores Inês Pedrosa e Rui Zink António Lacerda/EFE

O casamento civil entre pessoas do mesmo sexo é a reivindicação política da marcha do orgulho lésbico, gay, bissexual e transgénero (LGBT) que hoje desce a Avenida da Liberdade, em Lisboa.

Alem da marcha, em sexta edição (anual), realiza-se hoje o nono Arraial Pride, integrado no programa das Festas de Lisboa, no Parque do Calhau, em Monsanto, onde os organizadores esperam cerca de 10 mil visitantes.

As iniciativas têm este ano o apoio de duas figuras públicas, os escritores Inês Pedrosa e Rui Zink, e são organizadas por entidades como a Associação ILGA Portugal ou o Clube Safo.

A marcha, que conta também com as organizações Não Te Prives e Panteras Rosa, pretende chamar a atenção da sociedade para a proibição do casamento civil por duas pessoas do mesmo sexo.

"Pessoas que têm os mesmos deveres devem ter os mesmos direitos", disse Rui Zink quando da apresentação da iniciativa, altura em que criticou também que os casais homossexuais em Portugal não possam adoptar crianças.

Também Inês Pedrosa se referiu ao direito de casamento entre "duas pessoas que se amam" do mesmo sexo, lamentando que, tal como na questão do aborto, Portugal esteja também aqui atrás de países como a Espanha.

Já esta semana, a associação de defesa dos direitos dos homossexuais Opus Gay apelou ao Governo para que sejam tomadas medidas "urgentes" contra a marginalização das minorias, nomeadamente através da criação de "gabinetes contra a discriminação".

Num manifesto elaborado a propósito do Dia do Orgulho Gay, o presidente da associação, António Serzedelo, defendeu a criação de gabinetes públicos e de uma "agência pela diversidade", onde todos os cidadãos se possam dirigir "para obter reparos das ofensas de que são vítimas, por razões de discriminação".

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