Star Wars: Episódio III - A Vingança dos Sith

A parte final é, de facto, intensa; o contacto com a escuridão como nunca antes na saga de "Star Wars" (também há coisas dignas de um Ed Wood Jr. apesar da tecnologia: por exemplo, todas as cenas da vida conjugal de Hayden Christensen, Natalie Portman...) Mas agora que o fim chegou, mais distante, e sim, numa galáxia mesmo distante, fica definitivamente a primeira (em termos de cronologia da narrativa, a segunda) trilogia. Nunca mais se repetiu o sortilégio, como se nunca tivesse sido possível estabelecer ligação (a não ser por um ritual do espectador, que na verdade foi mais pacto racional do que emotivo) entre a tecnologia digital que alimentou os últimos três filmes e o mundo artesanal, encantatório, da saga iniciada nos anos 70. Ainda assim, há por aqui, em alguns diálogos e situações, uma (auto)ironia e uma distância (quase que se diria "brechtiana") - mesmo que alguns deles invo-luntariamente desastrados - que faz "A Vingança dos Sith" tocar ao de leve no desopilante espírito inicial. <p/>

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