Equador rejeita uso da força para retomar controlo de prisões

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A vaga de violências nas prisões fez um morto e 20 feridos Cecilia Puebla/EPA

O Governo do Equador rejeitou hoje o uso da força para retomar o controlo de várias prisões, entre elas a de Quito onde 60 pessoas estão reféns desde 6 de Abril, sendo três delas jornalistas.

Raul Baca, ministro do Interior, lembrou hoje o "enorme risco" de morrerem pessoas, "dado existirem armas dentro" das prisões. O ministro considera que a libertação dos reféns poderá ser conseguida através de um acordo que leve em conta as reivindicações dos detidos, bem como um projecto de lei favorável que será analisado amanhã pelo Parlamento. Os detidos exigem reduções nas penas e protestam contra a sobre-população nos estabelecimentos prisionais. As 33 prisões do país, cuja capacidade é de seis mil detidos, acolhe, actualmente, mais de o dobro (12.600).

Na passada terça-feira, motins em duas prisões da capital fizeram perto de 300 reféns, a maioria elementos de famílias dos presos. A agitação espalhou-se a outros centros penitenciários do país.

Na quinta-feira, 178 pessoas - entre ela 48 crianças - foram libertadas na prisão masculina de Quito, depois de uma trégua e pré-acordo com o Governo. De momento apenas 60 pessoas estão reféns na prisão para mulheres de Quito.

A vaga de violência nas prisões, que aproveitou um momento de greve dos funcionários dos estabelecimentos prisionais, fez um morto e 20 feridos.

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