Líder da seita Verdade Suprema condenado à morte

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Asahara tem agora 14 dias para apelar da sentença AFP

Um tribunal de Tóquio condenou hoje à morte por enforcamento o líder da seita Verdade Suprema, Shoko Asahara, acusado de 13 crimes, incluindo o ataque com gás sarin no metro da capital japonesa, em 1995.

Shoko Asahara tem agora 14 dias para apelar da sentença, num processo que já se arrastava em tribunal há oito anos.

Para além do atentado com gás sarin, Asahara estava acusado de outros 12 crimes, desde homicídio até posse ilegal de armas e drogas. Todos estes delitos causaram a morte a 27 pessoas e provocaram ferimentos - de diferentes graus - a outras 5500.

O juiz disse que Asahara, cujo verdadeiro nome é Chizuo Matsumoto, de 48 anos de idade, deu a ordem para o cumprimento de cada um dos 13 actos pelos quais se sentou no banco dos réus. O presidente do tribunal qualificou os actos de Asahara como "cruéis e deploráveis", pelos quais mereceu a pena capital.

A defesa de Asahara, nos argumentos apresentados em Outubro do ano passado, afirmava que os delitos foram cometidos pelos seguidores do guru, por sua própria iniciativa e sem que fossem ordenados por Asahara.

Asahara é o último dos 189 membros da organização - que ele próprio fundou, em 1987 - a ser julgado. Até à data, a justiça japonesa condenou à morte onze dirigentes e seguidores do guru que tomaram parte no atentado do metro ou em outros crimes.

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