Francisco José Fadul regressa de vez à Guiné-Bissau

Foto
Fadul classificou de "catastrófica" a actual situação política da Guiné-Bissau Tiago Petinga/Lusa

O antigo primeiro-ministro do Governo de transição guineense de 1999, Francisco José Fadul, regressou hoje definitivamente à Guiné-Bissau, após mais de dois anos de exílio em Portugal.

Em Março último, Francisco Fadul esteve durante uma semana na Guiné Bissau, para avaliar a situação política e económica do país e anunciar a sua candidatura pelo Partido Unido Social-Democrata (oposição) às eleições legislativas antecipadas que decorrem a 12 de Outubro.

"Regresso definitivamente ao país", afirmou o ex-chefe de Governo ao descer do avião que o trouxe de volta ao seu país. À chegada ao aeroporto Osvaldo Vieira de Bissau, Francisco Fadul era esperado por uma multidão de apoiantes, a quem confirmou que "será candidato às presidenciais de 2005".

Francisco Fadul, que se diz confiante nas eleições de Outubro, "a menos que não sejam violados o código eleitoral e as regras do recenseamento", classificou de "catastrófica" a actual situação política da Guiné-Bissau.

O Partido Unido Social-Democrata, oitava formação política inscrita na lista dos partidos na corrida para as legislativas, é um dos fortes adversários do Partido da Renovação Social do Presidente guineense, Kumba Yala.

As legislativas antecipadas, que se realizam após a dissolução da Assembleia Nacional, em Novembro do ano passado, sofreram já alguns adiamentos. Anunciadas, por fim, para Fevereiro deste ano, acabaram por ser agendadas para o próximo mês.

O resenceamento eleitoral terminou hoje na capital Bissau, mas deverá continuar no resto do país, segundo o presidente do Instituto Nacional de Resenceamento e estatísticas, Carlos Mendes Costa.

Em Portugal, o recenseamento eleitoral dos cerca de 50 mil cidadãos guineenses residentes começou hoje na região da Grande Lisboa, prevendo-se que esteja concluído até dia 18.

José Manuel Marques Vieira, coordenador da acção de recenseamento em Portugal, explica que o processo de recenseamento dos eleitores guineenses nas legislativas se vai estender, progressivamente, a outras regiões do país, admitindo, porém, que existe já um atraso de duas semanas em relação ao previsto. Mas Marques Vieira manifesta-se "confiante" de que haja uma "boa adesão" dos guineenses e que o recenseamento seja um sucesso.

Sugerir correcção
Comentar