O médio do Boavista Bosingwa assinou pelo FC Porto por quatro épocas (mais duas de opção), num "negócio" que envolve a ida do "central" Ricardo Silva para os "axadrezados". Já o defesa direito Secretário acertou novo vínculo contratual com os "dragões", ficando ligado aos campeões nacionais de futebol até ao final da temporada 2003/2004.

Na cerimónia de apresentação, realizada hoje no auditório do Estádio das Antas, e que contou com a presença do presidente portista, Pinto da Costa, do jogador e do técnico "azul-e-branco", José Mourinho, o presidente confirmou a contratação de Bosingwa e a ida de Ricardo Silva — que na última época esteve "emprestado" ao Vitória de Guimarães — para o "rival" da "Invicta", de forma definitiva e com um contrato de dois anos.

"Será um contrato de quatro temporadas, com mais duas de opção. Bosingwa vem porque José Mourinho avalizou a sua contratação. É uma prova de confiança, mas que aumenta a responsabilidade do jogador. Este acordo implica a ida de Ricardo Silva para o Boavista a título definitivo", disse, citado pela Lusa.

O jogador de 20 anos, obviamente "feliz" pelo progresso na carreira, admitiu ter sentido alguma surpresa com a contratação, mas mostrou-se confiante no seu valor.

"Foi uma boa surpresa. O meu empresário tinha-me dito que podia vir para o FC Porto, mas nunca pensei que fosse tão rápido. Estava em Lisboa e quando ele me ligou vim imediatamente para o Porto", afirmou Bosingwa, internacional sub-21.

"Admiro todos os jogadores do FC Porto e dou-me especialmente bem com Hélder Postiga e Ricardo Costa, companheiros na selecção sub- 21", concluiu Bosingwa, a primeira contratação dos "azuis-e-brancos" para a época 2003/2004.

O técnico José Mourinho, admirador confesso da polivalência do jogador, realçou-lhe a jovialidade e admitiu estar agradado com todas as suas características, entre as quais a capacidade de adaptação a novas realidades.

"É jovem, alto e rápido. Ganhou pouca coisa e quer ganhar muito. Tudo isto me agrada nele. Nesta pequena conversa que tivemos, falamos das diferenças da forma de jogar do Boavista e do FC Porto e acredito que será fácil a sua adaptação", frisou Mourinho, referindo ainda que Clayton, à semelhança de Capucho, poderá igualmente sair do clube campeão nacional.

O presidente dos "dragões" admitiu querer exercer o direito de opção no final dos quatro anos de contrato e frisou que a contratação do jogador ao Boavista não significará um reatamento de relações entre os emblemas portuenses.

"As relações entre os clubes não têm nada que ver com este negócio, que é pontual. Quem cortou relações foi o Boavista e não o FC Porto. Foi um negócio feito em menos de 24 horas e oficializado nas instalações do Boavista", salientou.

Pinto da Costa esclareceu que o Boavista ficará com uma percentagem de 50 por cento no "passe" de Bosingwa, acrescentou que o vimaranense Pedro Mendes é "carta fora do baralho" dos "azuis-e- brancos" e que as contratações poderão estar "fechadas".

Após a saída do avançado Nuno Capucho para o Glasgow Rangers, os "azuis-e-brancos" não perderam tempo a encontrar um substituto, contratando um jovem jogador de 20 anos, que ocupa também, no terreno de jogo, as posições de lateral direito ou "trinco".

Em final de contrato, Carlos Secretário fica mais uma época ao serviço dos "dragões", dando sequência a uma ligação de nove temporadas ao clube vencedor da edição deste ano da Taça UEFA, SuperLiga e Taça de Portugal.

Por outro lado, Ferreira, Marcos António, Hugo Luz e Joca vão ser emprestados ao Gil Vicente, no âmbito do reatamento de relações preferenciais entre o FC Porto e o clube de Barcelos.