Washington diz que houve uma "emboscada premeditada" para prender Suu Kyi

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Manifestantes exigem a libertação de Su Kyi em frente à embaixada da Birmânia em Londres Nicolas Asfouri/AFP

Depois de ter analisado o local onde a dirigente birmanesa Aung San Suu Kyi foi presa no último fim-de-semana, o Departamento de Estado americano afirma hoje que existem provas de uma "emboscada premeditada" por parte de "milícias a soldo do Governo".

A Prémio Nobel da Paz foi detida pela junta militar birmanesa quando fazia um périplo político pelo país. Suu Kyi foi depois levada para um campo militar em Yangun, a 40 quilómetros da capital Rangum.

Responsáveis da embaixada norte-americana no país visitaram a principal opositora do regime no dia 30 de Maio, depois "do violento ataque cometido contra Aung San Suu Kyi e o seu partido", afirmou o porta-voz do Departamento de Estado, Philip Reeder.

"Eles descobriram que houve uma emboscada premeditada sobre o veículo de Suu Kyi", precisou Reeder. "As circunstâncias e os testemunhos de pessoas da região mostram que o ataque foi levado a cabo por milícias a soldo do Governo".

"Apelamos ao Conselho da Paz e do Desenvolvimento [SPDC, no poder] da Birmânia que forneça o balanço total de mortos, feridos e pessoas desaparecidas", refere o mesmo responsável americano.

"A detenção e o isolamento de Aung San Suu Kyi e de outros elementos do seu partido político é ultrajante e inaceitável. Apelamos ao SPDC que os liberte imediatamente", refere ainda.

A detenção da líder da Liga Nacional para a Democracia aconteceu depois de confrontos entre os seus simpatizantes e um grupo apoiado por militares. O Exército deu conta de quatro mortos, mas segundo várias fontes terão morrido dezenas de pessoas.

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