Filme dentro do filme dentro do filme...

Soderbergh diz que, depois de uma produção cheia de peso logístico como "Ocean's Eleven", precisou da simplicidade.

Assim, convidou uns amigos (alguns deles são estrelas...) e avisou-os que não contassem com limousines, que trouxessem guarda-roupa pessoal e que se disponibilizassem a improvisar durante 18 dias (foi a sua versão das regras de pureza do Dogma 95?). O resultado é um filme dentro do filme dentro do filme dentro do filme... Com blocos filmados em película, blocos filmados em digital, para anunciar que estamos na "ficção" e na "realidade" e para concluir que em ambos os casos é uma "construção". Todos se devem ter divertido, para o espectador o resultado é que pode permanecer uma incógnita. Lembra uma outra inerte experiência do realizador, "Schizopolis", em que se tomou por "experimental". Desejamos, então, que depois da gordura de "private jokes" que enche de vazio "Full Frontal", Soderbergh volte ao "mainstream", onde, aí sim, revelou a simplicidade dos clássicos.

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