O Comité Central do PCP ratificou as expulsões dos renovadores Edgar Correia e Carlos Figueira e a suspensão de Carlos Brito na reunião decorrida hoje para analisar os recursos apresentados pelos três comunistas.

A expulsão de Edgar Correia e Carlos Luís Figueira e a suspensão de Carlos Brito da actividade partidária, por um período de dez meses, tinham sido decididas em Julho pelo secretariado do Comité Central do PCP.

Carlos Figueira e Edgar Correia acabaram por recorrer das sanções no Tribunal Constitucional, que considerou não estarem esgotadas as vias de recurso interno para resolver a situação.

Os dois ex-dirigentes decidiram, nesse sentido, anunciar que iam recorrer ao Comité Central "por mera cautela". No caso de Carlos Brito, a sanção aplicada teria sempre de ser apreciada em Comité Central.

Na reunião de hoje o Comité Central rejeitou por maioria os recursos dos dois renovadores Carlos Figueira e Edgar Correia, tendo-se registado doze votos contra e três abstenções.

Quanto a Carlos Brito, o Comité Central aprovou por maioria a ratificação da suspensão da actividade partidária por dez meses, tendo igualmente sido registados doze votos contra e três abstenções.

Os sancionados foram acusados pelo Secretariado do Comité Central do PCP de manter "atitudes, comportamentos e afirmações públicas que se traduziram, de forma persistente e prolongada, num reiterado desrespeito de regras e princípios estatutários, de afrontamento sistemático e público de orientações e decisões dos órgãos legítimos de direcção".