Cancelados no ano passado em virtude dos acontecimentos trágicos de 11 de Setembro, os Grammys Latinos de música regressaram este ano a Hollywood em grande estilo para consagrar o espanhol Alexandro Sanz. O cantor, que venceu em quatro categorias o ano passado, conquistou este ano os três prémios mais importantes em competição, incluindo para gravação do ano, que premeia um single ou um tema retirado de um álbum, com "Y solo se me ocurre amarte".

O mesmo tema venceu também na categoria de canção do ano. A faixa em apreço foi retirada do longa-duração "MTV Unplugged" que, por sua vez, saiu vencedor na categoria de álbum do ano. Em declarações à imprensa, Sanz, manifestou-se embaraçado por ter ganho à veterana cantora cubana Célia Cruz, que estava nomeada para as mesmas categorias, mas que só viria a arrecadar o prémio para melhor álbum de salsa.

Na cerimónia actuaram ao vivo nomes como Nelly Furtado, Marc Anthony, o colombiano Juanes ou a mexicana Thalia. O veterano Carlos Santana, na companhia dos "rappers" P.O.D., tocou um tema inédito que fará parte do seu novo álbum, "America". Os outros prémios mais importantes foram para Jorge Moreno (revelação), para o "rapper" porto-riquenho Vico C (melhor álbum rap), para a cantora mexicana Guzman (melhor álbum rock a solo) e para os chilenos La Ley (melhor álbum rock de um grupo). O cantor colombiano Carlos Vives e os mexicanos Ramon Ayala Y Sus Bravos Del Norte venceram duas categorias cada um.

A cerimónia dos primeiros Grammys Latinos era para ter sido realizada em 2000 na cidade de Miami, mas mudou subitamente para Los Angeles depois das autoridades locais terem tentado banir os artistas cubanos dos prémios. No ano passado, Miami voltou a ser hipótese, mas os protestos da imensa comunidade cubana anti-Fidel Castro fizeram a cerimónia regressar a Los Angeles, onde se voltou a realizar este ano. A cantora Gloria Estefan e o actor Jimmy Smits apresentaram a cerimónia.