Morreu maestro Carlos Rocha

O maestro Carlos Rocha, o compositor que baptizou Lisboa de "amiga e berço", morreu ontem, num hospital de Lisboa, vítima de cancro, anunciaram fontes próximas do músico.

José Carlos Gonçalves Rocha contava com 81 anos."Sempre que Lisboa canta", a música celebrizada pelo compositor, foi gravada em 153 línguas, por todos os continente.
Carlos Rocha estreou-se na música aos 15 anos, a tocar numa banda militar, e aos 19 já compunha os seus temas, precisa a Lusa.
Nos anos 1940, foi vocalista da Orquestra Caravana, dirigida pelo maestro João Vasconcelos.
Mais tarde fundaria o seu próprio conjunto, com o seu próprio nome, e foi compondo sempre, para a Revista à portuguesa, mas também para o cinema, de que é exemplo o filme "Rapsódia Portuguesa", de João Mendes, que tem música do maestro.
De acordo com a Lusa, amigos de Carlos Rocha lembram que foi o compositor de cujas pautas saíram mais músicas a elogiar Lisboa, entre fados, cantigas e canções.
Mas também Coimbra a Viseu foram cidades eleitas pelas pautas do músico, com "Coimbra ao Luar" e "Viseu, Serra da Beira".
É Lisboa, ainda assim, o tema que mais lembra Carlos Rocha, com o "Fado das Queixas", o "Meu Bairro Alto", "Vou voltar com as Andorinhas", ou a "Maria Lisboa".
A música de Carlos Rocha chegou também aos ouvidos dos portugueses pelas vozes de Alberto Ribeiro, Tony de Matos, Rui de Mascarenhas, ou, mais recentemente, Simone de Oliveira, o Trio Odemira, João Maria Tudela, João Braga e Maria da Fé.

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