Pentágono, o coração militar dos EUA

A sede do Departamento de Defesa o maior edifício de escritórios do mundo, mas a pé qualquer distância é percorrida em menos de dez minutos.

"O Pentágono é o símbolo das convicções e do poder dos Estados Unidos", resumiu o actual Secretário da Defesa norte-americano, Colin Powell, num discurso proferido em 1993, por ocasião das comemorações do 50º aniversário da construção do edificio. Erguido em plena Segunda Guerra Mundial, para reunir num só local todos os departamentos do então Ministério da Guerra, o Pentágono, onde trabalham 23 mil pessoas, entre militares e civis, transformou-se num verdadeiro sinónimo do Departamento da Defesa nele sediado. Projectado pelo arquitecto George Edwin Bergstrom, o estranho edifício de cinco corpos dispostos em torno de um pátio central em forma de pentágono, começou a ser construído em 1941 e foi inaugurado no dia 15 de Janeiro de 1943. Custou cerca de 90 milhões de contos. Inicialmente previa-se que tivesse três andares, mas, logo após o ataque a Pearl Harbour, em Dezembro de 1941, foi decidido acrescentar-lhe mais dois.
Localizado ligeiramente a sul de Washington, mas já no estado da Virgínia, do outro lado do rio Potomac, é um dos maiores edifícios de escritórios do mundo, com uma área útil três vezes maior do que a do Empire State Building. Cada uma das suas cinco faces exteriores mede quase 300 metros. Os seus corredores totalizam perto de 30 quilómetros de comprimento, mas foi concebido de modo a que não sejam precisos mais de dez minutos para percorrer a distância entre quaisquer dois pontos do edifício.
Os serviços de apoio que coexistem, no interior, com as instalações dos vários ramos das forças armadas e do gabiente do secretário da Defesa, incluem um gigantesco restaurante, seis snack-bars e duas cafetarias. E um outro serviço que poderá ter sido gravemente afectado pelo ataque de ontem: uma livraria com 300 mil volumes e colecções de 1700 publicações periódicas de todo o mundo.
Uma estatística oficial calcula em 4.500 as chávenas de café servidas diariamente no Pentágono. É apenas uma média. O número terá sido bastante superior em algumas ocasiões críticas, a começar pelos último anos da Segunda Guerra Mundial, quando serviu de quartel-general a Eisenhower e Marshall.
Foi no interior do Pentágono - na "Sala de Guerra" dos chefes de Estado Maior - que se traçaram estratégias para as guerras da Coreia e do Vietname, para a invasão de Granada ou do Panamá, e, mais recentemente, se desenhou a operação "Tempestade no Deserto", contra o Iraque.

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