Demolição das barracas na Quinta Grande e Quinta das Freiras

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A demolição das últimas barracas contou com a presença de João Soares Adriano/Miranda

A Câmara Municipal de Lisboa demoliu hoje as últimas barracas da Quinta Grande, no Alto Lumiar, e da Quinta das Freiras, na freguesia de Nossa Senhora de Fátima, acabando com mais dois bairros de habitação degradada da capital.

As barracas da Quinta Grande começaram a ser construídas na década de 70, tendo chegado a acolher 627 famílias em 528 barracas. O bairro de barracas, com uma extensão de dez hectares, teve o seu "boom" na década de 80 e 90.De acordo com uma fonte do gabinete do vereador da Habitação da câmara lisboeta, Vasco Franco, "muitas das pessoas que acabaram por se instalar nesse bairro vieram na altura da guerra civil em Angola", cita a Lusa.
O facto de o realojamento das famílias dos bairros de barracas se basear num recenseamento feito em 1993, levou a que dezenas de famílias ficassem fora do processo.
O realojamento de algumas destas famílias não recenseadas contou com a ajuda de António Tavares, um morador do bairro e presidente da Associação de Defesa dos Angolanos, que apresentou diversas propostas de realojamento à câmara de Lisboa, conseguindo que uma parte dessas famílias, que chegaram depois de 1993, fossem aceites no processo".
A demolição das últimas barracas contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, João Soares, e de Vasco Franco.
Ao mesmo tempo que se procediam às demolições na Quinta Grande, elementos da câmara acabavam com as últimas barracas da Quinta das Freiras, situada junto ao Centro Comercial Gemini.
Neste Bairro chegaram a viver 186 famílias, que foram realojadas ali perto, na Rua de Sousa Lopes, e na Quinta dos Barros, em S. Domingos de Benfica.

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