Exército desmente bombardeamento da UNITA ao aeroporto de Benguela

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Os guerilheiros da UNITA reivindicam um ataque ao aeroporto de Benguela Lusa

De acordo com o Exército, ouvido pela AFP, houve apenas um tiroteio onde vários homens armados tentaram roubar vacas num estábulo, junto ao aeroporto. A polícia e os efectivos da Exército do aeroporto agiram e deu-se uma troca de tiros, explicou em conferência de imprensa o general Luís Faceira, o chefe do Estado-Maior do Exército. "Não houve nenhum ataque da UNITA", afirmou. O mesmo responsável adiantou ainda que, durante a troca de tiros, algumas balas atingiram três aviões que se encontravam na pista do aeroporto. De acordo com um relato de Dumilde Rangel, governador de Benguela, à rádio nacional angolana, um polícia ficou gravemente ferido no tiroteio. Uma fonte policial em Benguela, ouvida ontem de manhã pela Lusa, afirmou que as forças militares da UNITA tinham atacado na madrugada o aeroporto da cidade, utilizando morteiros e armas automáticas. A mesma fonte, que pediu o anonimato, disse ainda que o ataque aconteceu pelas 02h00 (01h00 em Lisboa).

UNITA reivindica autoria do ataque

Ontem à noite, através de um comunicado, a UNITA reivindica um ataque ao aeroporto de Benguela, anunciando a destruição de uma pista, da torre de controlo, de três aeronaves e do hangar de material de reparação. O mesmo comunicado do Estado-Maior Geral das Forças Armadas de Libertação de Angola (FALA), refere que os seus bombardeamentos fizeram dez buracos na pista do aeroporto da segunda cidade angolana, tornando-a inoperacional. No fim do documento a UNITA lança uma provocação: "Com José Eduardo dos Santos [o presidente angolano], João de Matos [chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas] e [Luís] Faceira [chefe do Estado Maior do Exército] nós da UNITA só sabemos responder assim. Em força".

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