Detidos mais dois seguranças do Urban Beach envolvidos em episódio de agressão

Os três suspeitos só deverão ser interrogados no sábado. Discoteca lisboeta foi encerrada de madrugada por ordem do Ministério da Administração Interna.

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Os seguranças da Urban Beach teê sido alvo de várias denúncias de violência e de racismo Daniel Rocha

A PSP deteve mais dois seguranças da Urban Beach envolvidos nas agressões que ocorreram nas imediações da discoteca lisboeta  Urban Beach, na madrugada de quarta-feira, confirmou ao PÚBLICO o departamento de relações públicas da PSP. O número de suspeitos sob custódia, que deverão ser sujeitos a um primeiro interrogatório no sábado, sobe assim para três.

A Urban Beach recebeu uma ordem de encerramento por parte do Ministério da Administração Interna durante a madrugada desta sexta-feira. A decisão acontece na sequência de um vídeo viral que mostra os seguranças do espaço a agredirem dois jovens, junto à entrada da discoteca. Nas imagens amadoras vê-se um dos rapazes a ser violentamente espancado com murros e pontapés por um grupo de seguranças, tanto no corpo como na cabeça.

“[Um dos seguranças] Deu-me um soco e eu caí. Ao levantar-me, veio outro e deu-me uma cabeçada. Voltei a cair e fiquei inconsciente. O meu colega tentou ajudar-me a levantar e começaram aos pontapés na cara e nas costas. Do nada houve um que passou e me deu uma facada na perna”, acusou o jovem que foi o principal alvo da violência dos seguranças, em declarações à SIC Notícias.

A notificação do despacho do Ministro da Administração Interna foi feita cerca das 4h30 e o estabelecimento encerrado logo a seguir, o que obrigou à evacuação do espaço e à retirada das pessoas que se encontravam na discoteca. A decisão foi anunciada após uma reunião com a Câmara de Lisboa, realizada a pedido da autarquia. Já nesta sexta-feira, Fernando Medina disse que o encerramento pretendia dar "tranquilidade" a quem frequenta os espaços de diversão nocturna da capital, sublinhando no entanto que “a segurança pública” não é da cvompetência da autarquia.

A procuradora-geral da República também reagiu ao caso, abordando no mesmo comentário um outro episódio recente de violência que ocorreu em Coimbra. Joana Marques Vidal disse, segundo a Lusa, que "não pode haver qualquer tipo de complacência". "São casos preocupantes porque o grau de violência é elevado. Temos de estar atentos, não só para uma investigação rápida, mas também para accionarmos todos o meios de prevenção deste tipo de crimes", afirmou.

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