Turquia investiga 10 mil pessoas por "actividades terroristas" na Internet

Acesso às redes sociais bloqueado no mesmo dia em que o Governo anuncia que há pessoas presas e investigadas por uso da Web

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O acesso ao Twitter é frequentemente cortado na Turquia OZAN KOSE/AFP

No dia em que o Ministério do Interior da Turquia anunciou que dez mil utilizadores da Internet estão a ser investigados por suspeita de “actividades terroristas”, nas redes sociais, o acesso aos principais sites de redes sociais está bloqueado.

Nos últimos seis meses, desde a tentativa de golpe de Estado falhado contra o Presidente Recep Tayyip Erdogan de 15 de Julho que levou a uma intensificação da repressão na Turquia, foram detidas 3710 utilizadores das redes sociais sob essa suspeita, e foi confirmada a prisão de 1656 dessas pessoas, diz um comunicado do ministério.

Mais de 100 mil pessoas foram despedidas, suspensas do seu emprego ou detidas desde a tentativa de golpe de Estado, ao abrigo da lei anti-terrorismo turca, que a União Europeia considera um dos impedimentos para a adesão do país ao bloco europeu. Mais de 150 media, entre jornais, sites e estações de televisão foram encerrados, e 140 jornalistas e escritores presos, bem como milhares de juízes, advogados, polícias, professores.

A Turquia diz que não censura a Internet, mas são muitas as vezes que impede o acesso à rede, em especial a redes sociais como o Twitter ou o Facebook, em especial quando há manifestações ou outros acontecimentos importantes, ou até atentados terroristas.

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