Nolito pensava que o “Brexit” era uma dança

Extremo espanhol até pode estar a caminho de Inglaterra, para jogar no Manchester City

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Nolito estava "a Leste" do referendo que decorreu no Reino Unido LOIC VENANCE/AFP

A saída do Reino Unido da União Europeia é um assunto da actualidade, mas, no que toca a jogadores de futebol, quando questionados pelo “Brexit”, nem todos sabem o que significa.

“Posso estar enganado mas penso que é uma dança. Uma dança que fazem na NBA”, disse o internacional espanhol Nolito a uma rádio do seu país. O extremo até pode estar a caminho de Inglaterra, para jogar no Manchester City. Sobre isso limitou-se a dizer que tenta sempre “tomar as decisões certas”. Nolito tem sido uma das figuras da Espanha no Euro 2016. Titular nos três jogos, apontou um golo.

O internacional inglês Harry Kane mostrou estar por dentro do tema, e disse que o “Brexit” não vai distrair a selecção da Inglaterra. “É verdade que esta manhã, quando nos levantámos, estivemos a ver as notícias. Falámos sobre isso, mas penso que a equipa não está muito concentrada nesse assunto, para ser honesto. A prioridade é o Europeu, queremos seguir em frente e fazer uma boa exibição. Acho que nenhum de nós sabe o suficiente para comentar o ‘Brexit’. Vamos esperar para ver o que acontece”, confessou o futebolista do Tottenham.

“Cresci num tempo em que era normal termos uma Europa unida”, salientou por seu lado o guarda-redes alemão Manuel Neuer. “Não tenho grande coisa a dizer no plano político, mas diria apenas que sempre tivemos um sentimento de união e é lamentável que o Reino Unido, e particularmente a Inglaterra, deixem de fazer parte dessa união”, afirmou quando questionado sobre o tema.

O defesa italiano Giorgio Chiellini admitiu estar preocupado com as possíveis consequências do “Brexit”, temendo um “efeito dominó”. “A notícia surpreendeu-nos pela manhã. Tínhamo-nos ido deitar com a convicção que o ‘Brexit’ não venceria, mas infelizmente não foi isso que aconteceu. A maior preocupação é o ‘efeito dominó’ que esta decisão poderia causar. [A votação] é uma decepção, um sinal negativo. É sintoma de um descontentamento geral, perceptível em toda a Europa”, sublinhou. “Se houvesse um referendo em Itália, não tenho a certeza que a Itália tivesse força suficiente para encarar uma saída da União Europeia”, acrescentou Chiellini.

“No descontentamento que se sente, as pessoas são tentadas a votar pela mudança, mesmo que sem um programa ou qualquer lógica. Tenho a impressão que foi isso que aconteceu na Grã-Bretanha, onde foram sobretudo as pessoas com mais de 60 anos que votaram a favor da saída”, concluiu o defesa italiano.

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