Obras no Mercado do Bolhão arrancam com desvio de linha de água

Câmara do Porto anunciou esta sexta-feira o adiantamento da primeira fase de obras. Esta consiste no desvio de um curso de água que corre debaixo do edifício, para que a obra decorra com segurança.

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O curso de água que passa sob o mercado do bolhão vai ser desviado para permitir construção de cave Rita França

A primeira fase do projecto de Restauro e modernização do mercado do Bolhão que a Câmara do Porto apresentou em Abril de 2015 vai começar a ver a luz do dia já este verão, informou o município. Mesmo com o arranque das obras, os comerciantes poderão continuar a trabalhar ali, não tendo de se mudar já para o espaço temporário, situado no quarteirão de D. João I, que irão ocupar durante a fase de reabilitação propriamente dita.  

Para que a obra de remodelação e a construção da nova cave do mercado possa decorrer em segurança vai ser necessário de desviar a linha de água que corre no subsolo onde está instalado o mercado. E o executivo municipal decidiu antecipar o início deste trabalho para este verão, de maneira a garantir que, quando for conhecido o vencedor do concurso público para a remodelação da estrtura, esta questão esteja já resolvida. A linha de água será encaminhada para a Rua de Sá da Bandeira, num empreitada que obrigará  à construção de um túnel e estará a cargo da empresa Águas do Porto. 

Esta fase da obra é essencial para a concretização do projecto idealizado pelo arquitecto Nuno Valentim, que além do restauro e remodelação do espaço existente, projectou ainda uma cave logística para cargas/descargas e áreas técnicas no subsolo e a construção de um túnel rodoviário, que se inicia na Rua do Ateneu Comercial do Porto. A adjudicação desta primeira fase da obra será feita por concurso internacional. Segundo o comunicado enviado, “a obra de restauro, que será alvo de um concurso público à parte, que decorrerá em paralelo com a empreitada entretanto em execução na Rua de Sá da Bandeira, será lançada pela também empresa municipal GOP - Gestão de Obras Públicas”.

Com esta obra, que deverá durar 18 meses, o mercado do centro do Porto vai continuar a ser espaço para a venda de frescos, actividade que, depois da reabilitação, terá todas as condições de higiene e segurança. A restauração vai ser outra das actividades com espaço na nova versão do Bolhão

Texto editado por Abel Coentrão

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