Belém promete não interferir nas competências dos outros órgãos de soberania

No seu primeiro teste de rua, na feira da Nazaré, candidata disse acreditar que vai disputar segunda volta das Presidenciais.

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Num apelo à mobilização para que todos vão votar no dia das eleições, Maria de Belém apresentou-se esta sexta-feira como alguém que não faz “falsas promessas”, garantindo que, se vier a merecer a confiança dos portugueses, será uma Presidente que “não interferirá nas competências de outros órgãos de soberania”, mas será uma Presidente vigilante”.

Na Nazaré, Maria de Belém deixou a certeza de que “será uma trabalhadora incansável ao serviço do país”. "Não serei uma Presidente interferente nas competências de outros órgãos de soberania, mas serei uma Presidente vigilante e uma Presidente com influência no sentido de mobilizar a sociedade civil também naquilo que a cada uma e a cada um de nós compete resolver", disse.

"Ao apresentar-me assim perante o eleitorado é uma apresentação verdadeira. Penso que hoje é disso que nós precisamos na política, numa época em que as pessoas estão a ficar progressivamente fora da participação nos actos eleitorais, porque deixaram de confiar nos políticos por fazerem falsas promessas", afirmou, num almoço com apoiantes da Nazaré.

Cavalgando a onda da credibilidade, disse que ” nunca se comprometeu a fazer aquilo que não fosse capaz de fazer”. “Temos que exigir no plano europeu respeito por nós próprios e igualdade de tratamento no plano internacional, temos que recuperar muita da importância que já tivemos”, defendeu, prometendo “uma relação directa com as pessoas, compreensão dos problemas, sensibilidade e magistratura de influências no sentido de ajudar à sua correcção”.

O presidente da câmara, Walter Chicharro, elegeu sete razões para as pessoas votarem em Maria de Belém, tantas quantas as saias das mulheres das Nazaré, e em tom de graça convidou-a a surfar a maior onda destas presidenciais que “não a conduzirá a um recorde do Guiness, mas sim a uma grande vitória nas eleições”.

Confiante na segunda volta
Ainda na Nazaré, onde fez o seu primeiro teste de rua, a candidata foi questionada sobre a sondagem que lhe dá um empate técnico com António Sampaio da Nóvoa e respondeu prontamente: “Com certeza que acredito numa segunda volta.”

Ao fim da manhã, Maria de Belém, acompanhada do presidente da Câmara da Nazaré e de alguns dirigentes socialistas, andou pela feira semanal e contactou vendedores e compradores. Não teve uma recepção calorosa, mas também não passou por nenhuma situação embaraçante. Àquela hora havia pouca gente na feira, mas as pessoas com quem se cruzou desejaram-lhe felicidades. Houve quem dissesse: “Eu conheço esta senhora da televisão. É candidata para primeiro-ministro?” “Precisamos de boas Presidentes”, atirava uma senhora idosa, enquanto uma comerciante se regozijava, satisfeita: “Ela deu-me dois beijinhos.”

Maria de Belém empenhou-se em dizer que não tem medo do contacto com as pessoas na rua e que esse contacto de proximidade já foi feito ao longo da pré-campanha, longe do olhar dos jornalistas. “Já fui a variadíssimas feiras, na pré-campanha, já estive em Mangualde, na Amadora e, à medida que a campanha se vai desenrolando, porventura, haverá outras acções de rua”, sublinhou, frisando que não é ela quem desenha o programa da campanha”.

Questionada pelos jornalistas sobre o facto de só ao fim de seis dias ter ido para a rua contactar com a população, a ex-presidente do PS esclareceu que a escolha não foi sua. “Não escolhi esta acção, as acções são feitas de acordo com especificidades dos locais que visitamos e das datas. Hoje vim pela Marinha Grande", disse. E para que servem estas acções de campanha? "Para dar visibilidade ao acto eleitoral, à importância das pessoas participarem na eleição e para contactarem directamente e pessoalmente com uma candidata”, respondeu a ex-governante.

Antes de se deslocar à Nazaré, Maria de Belém visitou demoradamente a empresa Plimat, especializada em acessórios para canalizações, na Marinha Grande, um exemplo de sucesso que a candidata fez questão de sublinhar. Trata-se de uma empresa familiar, onde trabalham 190 pessoas e que exporta para meia centena de países. À entrada da empresa, situada na zona industrial da Marinha Grande, estava uma fotografia da candidata presidencial colocada em cima de um cavalete.

Aparentemente, a candidata tem o apoio de muitos dos trabalhadores daquela empresa que guarda segredos industriais. O armazém de moldes, que é considerado o tesouro do dono da empresa, Joaquim Matos, ficou por mostrar para que os segredos que ali estão guardados não sejam objecto de cobiça alheia.

 

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