Segunda caixa negra confirma acção voluntária do co-piloto na queda do A320

Piloto programou aparelho para descer até 30 metros de altitude e alterou configuração para aumentar a velocidade.

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Imagem da segunda caixa negra - o Flight Data Recorder, que contém os parâmetros de voo BORIS HORVAT/AFP

“Uma primeira leitura” da caixa negra encontrada na quinta-feira “mostra que o piloto presente no cockpit usou o piloto automático para fazer descer o avião até 100 pés [30 metros de altitude, e], em seguida, várias vezes durante a descida, alterou a configuração do piloto automático para aumentar a velocidade de descida”, indica um comunicado do BEA, departamento francês de investigação.

“Os trabalhos continuam para estabelecer o desenrolar factual preciso do voo”, indica ainda a investigação francesa.

A primeira caixa negra do avião que se despenhou a 24 de Março, quando viajava de Barcelona para Dusseldorf, com 150 pessoas a bordo, foi encontrada pouco depois do embate contra uma montanha, no Sul dos Alpes franceses.

Essa caixa regista sons e eventuais conversas no cockpit e foi a sua análise que levou a que fosse avançada a suspeita de que o co-piloto, Andreas Lubitz, decidiu suicidar-se, provocando igualmente a morte das outras pessoas que seguiam a bordo.

A segunda caixa negra – o Flight Data Recorder (FDR) – contém os parâmetros de voo.

Na quinta-feira, um comunicado das autoridades alemãs informou que investigadores alemães tiveram acesso às últimas pesquisas online feitas pelo co-piloto e descobriram que, nos dias que antecederam a queda do avião da Germanwings, Lubitz fez buscas na Internet sobre medidas de segurança em cockpit e utilizou palavras-chave ligadas ao tema.

As conclusões partiram da consulta a um tablet de Lubitz, onde os investigadores encontraram detalhes de pesquisas realizadas entre os dias 16 e 23 de Março. Os registos mostram que procurou métodos de suicídio e tratamentos médicos (que as autoridades não especificaram).

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